sexta-feira, 11 de março de 2011

A história da pirografia...

A palavra pirografia é de origem grega e significa “escrita à fogo”. Cogita-se que a pirografia foi a primeira manifestação artística humana, já que a humanidade descobriu o fogo há mais ou menos dez mil anos. É uma forma de arte primitiva, ancestral, nos remete aos antepassados, existindo como um inconsciente...

Ninguém fica indiferente à pirografia. A história da pirografia é tão antiga, que a palavra antropologia pode ser utilizada. Está diretamente ligada à história do fogo. O fogo fascina a humanidade há milhares de anos. Foi onde a humanidade encontrou o poder para moldar a natureza à sua vontade. O fogo foi utilizado como proteção, na caça, como aquecimento. Quando aprendeu a cozinhar, o homem pré-histórico se tornou gourmet. Além de tudo isso, o homem pré-histórico ainda desenhou nas paredas das cavernas com carvão. (Arte Rupestre)

Este tipo de desenho foi a primeira manifestação artística da humanidade e pode ser chamada de pirografia.

Mas a grande revolução desta arte ocorreu na Idade dos Metais, quando o ser humano dominou a criação de ferramentas metálicas. E foi só na Idade Média que esta arte floresceu.

Na Europa, por volta de 1600, nas tabernas, homens colocavam fogo em lareiras e utilizavam uma ferramenta para acomodar as brasas e a lenha. Essa ferramenta aquecia e em brasa era usada para decorar as mesas e paredes de madeira da taberna e por ser chamada de “poker”, deu origem ao termo “poker art” ou “poker work”.

O primeiro trabalho impresso sobre pirografia data de 1751, publicado na Inglaterra. Atualmente há em museus da Europa, aparelhos utilizados no Século XIX, onde principalmente mulheres aqueciam vários “pokers” com carvão, para realizar trabalhos mais detalhados e finos. Até esta altura, os “pokers” eram de ferro, era necessário envolvê-los em panos ou papéis para segurá-los. Depois de algum tempo, apareceram “pokers” com cabos de madeira, que rapidamente invadiram todos os utensílios que aquecem, como ferros de passar, ferros de soldar, etc...

No final de 1800, o benzeno era o combustível predominante. Um sistema de pirografia foi criado com uma garrafa e duas mangueiras de borracha. Através do bombeamento de um atomizador (como os utilizados por perfumes) o artista conseguia manter a caneta aquecida mais tempo. Nessa época, também chamada de Era Vitoriana, a pirografia floresceu na Europa e nos Estados Unidos, tornando-se uma arte popular. Alguns dos trabalhos do inventor deste sistema de pirografia ainda podem ser vistos no Smithsonian Institute, em Washington.

Finalmente o advento da eletricidade veio facilitar muito o trabalho do artista pirogravurador. Os primeiros ferros de soldar elétricos foram utilizados com sucesso para a pirografia. Mas, em 1916, houve a primeira patente para o “Hot Point Pen” (ou caneta de ponta quente). O fio que levava energia para a caneta passava por um reostato, que controlava a intensidade da corrente, dando ao artista a variação de temperatura, tão necessária para os efeitos de luz e sombras... Teve início a pirografia realista. Trabalhos impressionantes foram criados, podendo ser vistos ainda hoje.

A pirografia também fez um enorme sucesso na decoração de cabaças. Neste quesito, há uma ligação subliminar entre a pirografia e a decoração de objetos, principalmente cabaças... Afinal, essa arte é praticada há milênios.

Carretilhas pirografada


A Pirogravura

A pirogravura é uma arte milenar que permite gravar uma imagem com o recurso do fogo sobre madeira, cortiça, couro, cartolina, etc. É a arte de desenhar ou gravar com uma ponta de metal incandescente. Existe um aparelho apropriado para fazer esta arte que se chama Pirógrafo, que é ligado a electricidade e possue diversas pontas de metais. Estas pontas de metais diferenciados permitirá que se realize trabalhos variados de gravura. De acordo com a peça e o desenho a ser gravado, é que se escolherá a ponta de metal a utilizar.

Quanto mais macio for o material trabalhado mais se exige habilidade para que não se produza uma marca muito funda na peça. A pirogravura foi utilizada milenarmente por muitos povos, para gravação sobre flechas, madeiras, contas de ossos e outros utensílios. Actualmente com a expansão do artesanato numa forma geral, tem sido largamente utilizada na gravação de caixas de madeira, painéis feitos em couro, sandálias feitas em couro, quadros feitos em madeira e até mesmo em portas residenciais.
A pirogravura é encontrada nas artes da decoração nos mais diversos objectos.
É uma arte cativante e que requer mãos firmes e paciência, mas também extremamente fascinante. Para além de fascinante, embora seja imprescindível mãos firmes, a aplicação da pirogravura numa peça não é muito difícil, podendo fazer o desenho a mão livre ( sem uma base de desenho) ou antes passando o desenho para peça com papel carbono; e logo a seguir iniciando o processo da gravação da peça.

Carretilha crua

                   Carretilhas crua feita por mim e meu filhão, sendo o modelo exclusivo da carretilha de 35cm

Carretilha chilena


GUILLERMO PRADO (1909-2003)
Chileno, professor de aeromodelismo inventou a carretilha chilena em 1965. Essas carretilhas da foto são especiais pela sua complexa marchetaria e utilização de madeiras de até 600 anos como a "LAUREL VERDE" que quanto mais velha mais verde fica; a "AVELLANO MIXTO", a "RAULI VERMELHA" e a"ALERCE VERMELHA" que tem maturação de 800 anos. Essas madeiras são exclusivamente chilenas e foram retiradas de sobras de demolições de casas antigas.
 
 

O início da Pipa

As pipas nasceram na China antiga. Sabe-se que por volta do ano 1200 a. C. foram utilizadas como dispositivo de sinalização militar. Os movimentos e as cores das pipas eram mensagens transmitidas à distância entre destacamentos militares.
No décimo segundo século, na Europa, as crianças já brincavam com pipas. Vale a pena notar também o papel desempenhado pela pipa como aparelho de medição atmosférica. O político e inventor americano Benjamin Franklin utilizou uma pipa para investigar e inventar o Pára-raios. Hoje, a pipa mantém a sua popularidade entre as crianças de todas as culturas.
Uma pipa ou papagaio de papel , também chamada de papagaio, pandorga ou raia, é um brinquedo que voa baseado na oposição entre a força do vento e a da corda segurada pelo operador.
É composta de uma estrutura armada que suporta um plano de papel que tem a função de asa, sustentando o brinquedo. Conforme o modelo pode contar com uma rabiola, que é um adereço preso na parte inferior para proporcionar estabilidade, geralmente feitas de fitas plásticas finas ou de papel, ou mesmo de pano, amarradas a uma linha.
É um dos brinquedos mais utilizados por crianças, adolescentes e até adultos. Na maiorias das vezes, não há um local apropriado para a prática desta brincadeira. Os pipeiros, como são chamados, acabam brincando em ruas e descampados, que hoje em dia são formado festivais de pipa.

Tipos de pipas

  • Suru - pipa que não tem rabiola e também em sua fabricação só utiliza duas taletas (varetas) em forma de cruz e é totalmente encapada.
  • Raia - não utiliza rabiola e tem formato de losango.
  • Peixinho - semelhante a raia, mas em sua maioria leva rabiola.
  • Morcego - pipa sem rabiola, em formato retangular e não é totalmente encapada.
  • Pião - pipa grande que precisa de muita rabiola para subir é considerado pião, quando a vareta central da pipa geralmente ultrapassa a medida de 60 cm.
  • Telequinho (ou Jerequinho no RJ) - pipa pequena que precisa de pouca rabiola para subir.
  • Telecão (ou Jereco no RJ) - pipa um pouco maior que o telequinho.
  • Maranhão - pipa com rabiola e muita mobilidade.
  • Carrapeta - feita com três varetas em tamanhos diferentes, uma central (de maior tamanho) e duas transversais, formando uma espécie de cruz, com espaço entre si, sendo que a inferior é em tamanho mais curto.
  • Baratinha ou Charutinha - espécie de pipa com rabiola, possui formato retangular, tem muita agilidade. Surgiu no RJ, na evolução dos modelos de pipas de SP.
  • Pipas de Biquinho - modelo muito conhecido dos cariocas, com rabiolas imensas, tem capacidade de chegar muito longe.
  • Pipa "Batata" - semelhante a carrapeta, sendo que as varetas transversais não do mesmo tamanho.
  • Pipa Modelo - conhecidas pelos seus formatos variados, destacadas não só pelo seu tamanho, que pode ser muito grande, mais também pela beleza. Muito vistas em "Festivais" como são conhecidas as competições desse estilo.